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A Liga Acadêmica de Pediatria convida para a palestra:
DIARREIA EM PEDIATRIA
Palestra com Dra. Margarida A. Winckler, gastropediatra.
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A Liga Acadêmica de Pediatria convida para a palestra:
BAIXA ESTATURA: diagnósticos diferenciais e tratamento
Palestra com Dr. Christopher G. Vieira, endocrinopediatra.
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A Liga Acadêmica de Pediatria convida para a palestra:
SIBILÂNCIA EM PEDIATRIA
Palestra com Dr. Jorge Hazin, pneumopediatra.
Efeito de uma fórmula infantil com soro de leite parcialmente hidrolizado para diminuição do risco de doenças alérgicas em crianças em desmame e de alto risco
Fórmulas de soro de leite parcialmente hidrolizado (FSLPH) foram recomendadas para recém-nascidos com antecedente familiar de doenças alérgicas ao término da amamentação exclusiva para promover a tolerância oral e para evitar doenças alérgicas. Pesquisadores publicaram, recentemente, no Journal of Allergy and Clinical Immunology, um estudo em que procuraram determinar se a alimentação de recém-nascidos com FSLPH reduz o risco de doenças alérgicas neles.
Foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado unicego (participante), conduzido para comparar os desfechos alérgicos entre recém-nascidos alimentados com fórmula convencional com leite de vaca, uma FSLPH, ou fórmula com soja. Antes do nascimento, 620 recém-nascidos com antecedente familiar de doenças alérgicas foram recrutados e randomizados para receber a fórmula alocada ao término da amamentação. Prick tests cutâneos a seis alérgenos comuns (leite, ovos, amendoins, ácaros, gramíneas de centeio e pelos de gatos) foram realizados aos seis, 12 e 24 meses. O desfecho primário foi o desenvolvimento de manifestações alérgicas (eczema e reações alimentares) medidas 18 vezes nos primeiros dois anos de vida.
O acompanhamento foi completo para 93% (575/620) aos dois anos e para 80% (495/620) aos seis ou sete anos de idade. Não houve evidências de que recém-nascidos alocados para FSLPH (OR = 1,21; IC95% = 0,81 – 1,80) ou para fórmula com soja (OR = 1,26; IC95% = 0,84 – 1,88) apresentaram menor risco de manifestações alérgicas na infância, comparadas à fórmula convencional. Também não houve evidências de risco reduzido de reatividade ao prick test cutâneo ou de doença alérgica na infância.
Os pesquisadores concluíram que, apesar das diretrizes dietéticas atuais, não foram encontradas evidências que corroborem o uso recomendado de fórmula com soro de leite parcialmente hidrolizado no desmame para prevenção de doenças alérgicas em recém-nascidos em alto risco.
Uma resenha de Effect of a partially hydrolyzed whey infant formula at weaning on risk of allergic disease in high-risk children: A randomized controlled trial - Journal of Allergy and Clinical Immunology; 2011 Jun 23.
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Atualização em hepatite A
Entre as mais variadas doenças que podem acometer a saúde da população infantil, sabe-se que a hepatite A é uma doença considerada típica a esta fase da vida. Apesar de raramente evoluir a formas graves e a óbito, ainda é considerada um problema de saúde pública em virtude de sua não erradicação e de não existir imunização a nível governamental disponível, em especial, às crianças. A Liga Acadêmica de Pediatria (LAPED) busca, através deste espaço, fornecer maiores informações sobre a doença, baseando-se em estudos e publicações recentes sobre este tema.
A hepatite A é um relevante problema de saúde pública a nível mundial, além de ser uma doença altamente endêmica no Brasil durante a infância. É causada pelo vírus da hepatite A (VHA), o qual possui estabilidade no ambiente, principalmente em associação a matéria orgânica.
O fato de as crianças serem mais suscetíveis reside no fato de que a forma predominante de transmissão é a oro-fecal, em que o contato com uma pessoa infectada ou mesmo a ingestão de água e alimentos contaminados podem ser formas potencialmente viáveis à aquisição da doença.
O fato de as crianças serem mais suscetíveis reside no fato de que a forma predominante de transmissão é a oro-fecal, em que o contato com uma pessoa infectada ou mesmo a ingestão de água e alimentos contaminados podem ser formas potencialmente viáveis à aquisição da doença.
A hepatite A evolui à cronicidade em apenas 5% dos casos e, apesar de ter curso predominantemente autolimitado, em algumas crianças pode ser fulminante. Em geral, a doença cursa sintomática, com episódio semelhante a gastrenterite. Além disso, uma vez em contato com o VHA, a criança adquire imunidade permanente durante o restante da vida.
Em concordância com recente estudo realizado em Porto Alegre (RS), há evidência de queda na endemicidade da hepatite A na capital gaúcha na última década e indícios de maior suscetibilidade à doença em crianças e adolescentes, principalmente no estrato socioeconômico mais baixo. Dado relevante é o fato de a hepatite A fazer parte da lista nacional de agravos de notificação compulsória do Ministério da Saúde (MS), mas por poder cursar de forma assintomática há o favorecimento de sua subnotificação. A evidência de forma assintomática contrapõe-se a estudos mais antigos que ressaltavam apenas a existência de forma sintomática da doença.
Sabe-se que a melhora gradual das condições sanitárias reduz, mas não erradica a transmissão da hepatite A e acaba promovendo o deslocamento da ocorrência da doença para idades mais elevadas. Enquanto vivemos às custas da espera de implantação da vacina anti-VHA ao calendário básico do MS, continuamos - em destaque à população infantil - suscetíveis aos danos e aos desgastes da doença nas variadas faixas etárias.
Maiara Bastiani Bisognin
Texto adaptado de: KREBS, Lenita S. et al. Mudança na suscetibilidade à hepatite A em crianças e adolescentes na última década.Jornal de Pediatria - Vol. 87, Nº 3, 2011
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Diretoria da Liga Acadêmica de Pediatria (LAPED):
Presidente: Janaine Rossoni
Vice-presidente: Gabriela Citron Vedana
Secretária: Fernanda Cecconello
Tesoureira: Kaliandra de Almeida
Diretoria de Pesquisa: Maiara Bisognin
Diretoria de Ensino: Claudia Ciotta
Diretoria de Extensão: Camila Piaia e Daniele de Paula
Diretoria de Comunicação: Alesandra Bassani